sábado, 22 de agosto de 2009

Tremere Antitribu

Outrora, o Sabá alegou ser um asilo para qualquer Caimita livre que escapa da tirania dos anciões da Camarilla desde as noites da Revolta Anarquista em diante. Não é mais - os Tremere são uma lembrança muito certa de que o que o caos selvagem do Sabá pode clamar, a precisão ordenada da Camarilla pode esmagar.
Goratrix, o criador da poção da transformação e um dos conselheiros de confiança do Tremere, virou-se para o clã e fugiu para o Sabá com alguns bandos desafeiçoados. Especulações variam quanto ao motivo: alguns pensam que Etrius finalmente ganhou uma vantagem na competição com Goratrix pela preferência do progenitor. Outros acreditam que Goratrix era meramente um espião no Sabá, filtrando informações de volta para o Tremere. No fim, isso não importa. Os Tremere do Sabá foram marcados, caçados e finalmente pagaram um horrível preço por sua traição.


O Rito dos Traidores

Enquanto os Tremere se desacostumavam da magia e lutavam contra os Demônios do Velho Mundo, não deveria ser nenhuma surpresa que alguns Taumaturgos tivessem uma certa familiaridade com a feitiçaria koldúnica - ou ao menos com meios de detectar e conter as feitiçarias principais dos Tzimisce. A precisão da resposta Tremere ao Sabá veio através de um Ritual organizado. Capazes de criar magias que corram o mundo através de sua dedicada hierarquia, os Tremere lançaram uma maldição sobre aqueles de seu sangue que pudesse partilhar da Vaulderie. Qualquer um da linhagem Tremere que participasse no Ritual de partilha do sangue da Mão Negra tornaria-se irrevogavelmente marcado. Como a Vaulderie engendrava lealdade através do sangue - e os Tremere eram intimamente familiares com a magia no sangue - foi possível (embora particularmente nada simples) criar o Rito dos Traidores.
Assim como as outras tremendas maldições impostas pelo Clã Tremere em sua totalidade, somente o próprios Tremere e o Conselho dos Sete poderia explicar definitivamente o rito. Em resumo, o rito prende intimamente aqueles de sangue Tremere (assim como a maldição Assamita funciona sobre aquela linhagem). Qualquer Tremere que participa da Vaulderie ganha o selo do Traidor, uma runa mística aflige a testa do amaldiçoado, visível para outros de sangue Tremere.
O Rito dos Traidores não é meramente um inconveniente. Quando um Tremere recebe pela primeira vez a Vaulderie, o rito se faz conhecido bem dolorosamente - a marca do Traidor queima na testa da vítima. O Tremere experimenta a dor excrucitante de um ferro quente prensado em sua carne. É dito que em alguns casos, traidores Tremere tem queimado em chamas e morrido, mas isso é sempre um conto dito por um conhecido da cria de um misterioso viajante ou uma fonte igualmente distante.
Uma vez prensada, a marca de traição Tremere permanece lívida, um lugar preto desfigurado por faíscas como de cinzas quentes. Embora o ferimento se cure por volta da próxima noite, o brilho de fogo permanece visível para qualquer outro Tremere que possa vê-lo. Mesmo se o Tremere purga-se do laço de sangue do Vinculum e evita a Vaulderie dali pra frente, a marca continua permanente.
Curiosamente, o Rito dos Traidores não tem efeito sobre aqueles raros Membros que são imunes ao laço de sangue - em teoria, já que nenhum Vinculi pode ser formado para prender tal alvo, o rito não funciona. Há boatos de que um ou dois Antitribu descobriram um meio de suprimir temporariamente a marca, mas se for, tal segredo deve ter ido com eles para suas piras cinzentas.
Em 1998, Goratrix convocou uma reunião de sua linhagem inteira na Cidade do México. Todos os Tremere sabás atenderam. Numa conflagração, a totalidade dos Tremere Antitribu morreram; somente pilares de cinzas restaram para contar a história. Na verdade, o próprio Tremere chegou. Com poderosas magias ele tomou o corpo de Goratrix, então destruiu aqueles que ousaram trair sua linha.


Tremeres Modernos no Sabá

Nada impede os Tremere de juntarem-se às fileiras do Sabá. Exceto, claro, suas próprias consciências, seus superiores, a ameaça de uma caçada da Camarilla inteira, a falta de qualquer associado no Sabá, os Tzimisce sedentos de sangue e os Salubri Antitribu...
Em teoria, um Tremere pode desertar para o Sabá a qualquer hora que ele deseje. Porém, os Tremere Antitribu, a linhagem separada estabelecida por Goratrix, não existem mais. Um Tremere que faça seu caminho para o Sabá (e sobrevive...) ainda sofre do Rito dos Traidores se ele participar no Vaulderie, mas ele não é explicitamente Antitribu. Particularmente, ele é apenas um Tremere com fidelidade ao Sabá.

Os Tremere no Sabá são improváveis ao extremo; não é como se o Sabá tivesse muito para oferecer aos Feiticeiros relativamente conservadores, nem como se os Tremere pudessem esperar solidariedade e santuário entre tais monstros enquanto seu próprio clã expatriado os caçam. Um Tremere que escolha deliberadamente se juntar ao Sabá abre mão de toda a força de seu próprio clã e substitui com inimigos - que é provavelmente o porque poucos Tremere modernos tem desertado, especialmente depois do espetacular desaparecimento dos Antitribu.

Claro, nada impede um Membro Tremere de negociar com membros do Sabá sobre seus termos. Sobram rumores de Taumaturgia Sabá fazendo seu caminho nas mãos dos Tremere da Camarilla, e se a Morte Final fosse a punição para cada acusação aleatória de "contato com a Cidade do México", bem, o clã certamente não seria tão populoso quanto ele é.








sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Os True Brujah


Na não escrita história do Clã Brujah, um sinistro segredo continua enterrado.

Os Membros que se auto-denominam True Brujah alegam que o fundador do Clã encontrou a morte nas mãos de sua cria, e que todos aqueles que se auto denominam “Brujah” são, na verdade, descendentes deste diabolista. As crianças originais de Brujah – os True Brujah – desdenham seus primos bastardos e cultivam um ressentimento pelo continuo legado de diablerie.
Diferentemente dos “falsos” Brujah, os True Brujah são emocionalmente neutros. Uma linhagem de eruditos, historiadores e Caçadores de Conhecimentos, os True Brujah enxergam o mundo de uma maneira desapaixonada. Desenterrando uma sepultura Caimita escondida, copilando fragmentos de um manuscrito há tempos esquecido ou banqueteando-se no sangue de um escravo, os True Brujah vão atrás de suas não-vidas de maneira serena contemplativa. Eles não sentem nenhuma emoção ou medo, mas ao invés disso ele reagem ao mundo analiticamente.

Os True Brujah estiveram envolvidos com a Mão Negra antes de sua queda, mas suas origens ainda assim antecedem esta antiga seita. Na verdade, quando os jovens Brujah falam de Cártago, eles estão falando do lar dos True Brujah e não da fábula utópica que brota em suas mentes. Os True Brujah acreditam que seu fundador estabeleceu seu refúgio ao Norte da África, perto do lugar onde a grande cidade surgiu, onde as Crianças de Seth eram mero rebanho e sacrifícios. Cártago não foi uma cidade de ídolos, mas um antro de sangue, fogo e deuses que caminhavam entre os homens. Alguns dentre os True Brujah até mesmo reivindicam tais memórias da cidade e devem ser realmente antigos.


Desde a queda da Mão Negra, os True Brujah tem retornado as terras de suas origens, forjando uma leve ligação com os Seguidores de Set. Ainda que solitários e distantes, os True Brujah percebem o valor de alianças, mesmo que até certo ponto achando propósitos comuns com os Setitas. Ambos os grupos são pesquisadores de segredos e culturas perdidas, ainda que tenham divergências no que fazem com está união, não há dúvidas que ambos tenham objetivos similares.

Diferente de seus aliados Setitas, entretanto, os True Brujah não procuram vício ou prazer, nem desejam realizar a tarefa Setita de acordar seu Deus morto-vivo. Os Elois procuram conhecimento para seu próprio benefício. Eles escolheram a erudição e sapiência, esperando comandar seus domínios através da arte. Poucos inimigos são tão implacáveis como um True Brujah, e poucos aliados são tão úteis.

Apelido: Elois.

Seita: Podem ser Independentes, membros do Inconnu ou da Mão Negra verdadeira (Tal'mahe'ra).

Aparência: Os True Brujah tendem a se vestir no estilo de seu século de abraço, este costume pode causar algumas dificuldades nas noites atuais. O verdadeiro Brujah não tem nenhuma forma de maquilagem comum, apesar de que muitos usam os seus cabelos da mesma forma que a linhagem costumava usar na Mesopotâmia ou na Pérsia. Jovens membros usam roupas conservadoras; ternos feitos sobre encomenda e outras roupas finas. Membros desta linhagem têm formado relações com os Setitas egípcios e algumas vezes usam também o estilo dos norte-africanos.

Refúgio: Os True Brujah preferem refúgios solitários, distante de vampiros e mortais na medida do possível. Se possuírem recursos para fazê-lo, os True Brujah estabelecem múltiplos refúgios secretos, algumas vezes em várias cidades no mundo todo. Eles preferem mansões, propriedades, palácios escondidos, templos e outros aposentos luxuosos, onde eles possam sempre se refugiar em conforto do fardo pesado das eras de existência por um certo período de tempo.

Antecedentes: Os True Brujah são abraçados de todas as culturas existentes, geralmente depois da juventude, no entanto a linhagem possui alguns precoces Membros jovens. A característica que todos os True Brujah dividem é um gosto pelo aprendizado. A maioria dos Membros da linhagem é muito bem educado ou rapidamente se tornam após o abraço. Muitos são também independentemente ricos, vindos de opulentas famílias ou possuindo vantagens que não chamem muito a atenção.

Criação de Personagem: Os True Brujah quase nunca tem Naturezas apaixonadas, e seus Comportamentos variam muito de vampiro para vampiro. Seus conceitos tipicamente ficam entre profissionais, forasteiros ou diletantes, usualmente com uma certa tendência erudita. Atributos Mentais quase sempre são primários, algumas vezes favorecendo os Sociais, e os Conhecimentos também são da mesma maneira preferidos. Antecedentes comuns são Identidade Alternativa, Arcano, Contatos, Rebanho e Recursos. Muitos ainda sustentam os ideais da Humanidade, embora anciões da linhagem algumas vezes adotem estranhas ou singulares Trilhas de Sabedoria, sendo que pouco se sabe a respeito delas. Sobre aqueles evolvidos com os Setitas nada ainda foi descoberto sobre aderirem à Trilha de Typhon – embora eles compartilhem ligações culturais, eles não necessariamente compartilham as mesmas filosofias.

Disciplinas: Potência, Presença e Temporis

Fraquezas: As emoções dos True Brujah atrofiam durante as noites de contemplação e estudo; eles tornam-se frios e sem paixão na medida em que o tempo passa e eles se distanciam da vida mortal. Enquanto estes Membros entendem o bem e mal num nível filosofal, eles raramente sentem qualquer dor moral. Testes de Consciência ou Convicção para os True Brujah são sempre feitos numa dificuldade +2 (máximo 10). Além disso, Humanidade e Trilha são difíceis de manter decorrente da falta de emoções – os True Brujah devem pagar o dobro de pontos de experiência para aumentar e recuperar Consciência, Convicção, Humanidade e Trilhas.

Organização: Enquanto os True Brujah valorizam a solidão, eles também estimam muitas discussões intelectuais. Eles se reúnem duas vezes por século, o local do encontro é decidido pelo vampiro mais antigo da linhagem e depois esta informação é repassada mutuamente entre os da linhagem – o último encontro, por exemplo, estabeleceu a informal relação com os Seguidores de Set. Fora estas reuniões, pequenas células ou salões de True Brujah algumas vezes se reúnem para discutir eventos, filosofia, religião, política ou qualquer coisa que seja relevante as suas não-vidas.

Citação: "Um ponto de vista interessante, e eu talvez irei considerá-lo no futuro. Parabéns – eu irei poupar sua vida... Desta vez..."