sábado, 9 de maio de 2009

COMO UM PREDADOR PENSA

Se apenas o estado de morto-vivo bastasse para formar a mente vampírica, talvez eles não fossem tão alheio a nós... Outro fator os torna inumanos, porém: a necessidade de sangue humano. Essa necessidade o torna um predador que, aos poucos, começa a ver a humanidade como pouco mais do que alimento.
Muitos jovens vampiros, ainda com recordações concretas de sua antiga mortalidade, vêem o ato de se alimentar de sangue como repulsivo. Alguns buscam alimentar-se apenas de pessoas que eles consideram imprestáveis, principalmente criminoso. Outros tentam se alimentar apenas de mortos ou em bancos de sangue. Essa é uma tentativa de manterem-se humanos. Cedo ou tarde, porém, o vampiro nota que precisa se alimentar, que esta agora é sua principal necessidade. Conforme seus anos de mortalidade se distanciam, ele começa a ligar menos para suas restrições morais, melhor aceitando sua natureza vampírica.
Essa mudança gradual de pensamento leva a outra mudança também. O vampiro deixa de ver a humanidade como igual, passando a vê-la como fonte de alimento.
Embora conhecidos, antigas amizades e parentes ainda possam estar a salvo, o vampiro não vê problemas em se alimentar de desconhecidos e transeuntes. Uma boate deixa de ser um lugar para se divertir, tornando-se um campo de caça.
Conforme a humanidade vai se tornando nada mais do que alimento, o Cainita começa a tratá-la com desdém. A vida humana vale pouco para eles. Vampiros mais “humanos” se afastam das pessoas, afirmando que as pessoas devem ser deixadas para resolver seus próprios problemas. Os mais monstruosos chegam até mesmo a ter um prazer sádico em prejudicar (ou tirar) vidas. Da mesma forma que certas pessoas não ligam para animais ou até mesmo os tratam com crueldade, assim o fazem os vampiros.
Vampiros que ainda se clamam humanos e seguem a moral humana, por mais hipócritas que sejam ainda mantém elos com certas pessoas. Amigos, parentes de nascença, velhos companheiros e contatos são bem tratados na medida do possível. Porém, fora deste pequeno grupo, o resto da humanidade nada mais é do que caça.

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